Quem conhece Nathália Telmo sabe
que ela é uma pessoa de personalidade forte e de firmes convicções. Basta
alguns minutos de convivência para perceber sua presença marcante, com um tom
de voz potente que faz com que as atenções se voltem para ela. Muito prática e dona
de uma “tecla SAP” invisível que a faz esclarecer qualquer fala que não tenha
sido bem interpretada, essa jovem estudante de jornalismo revelou na entrevista
ser bastante ligada à família.
Nathália é carioca, filha de um
gaúcho com uma baiana e mora em Salvador desde os dois anos de idade, quando
saiu de Porto Alegre e veio para cá. Essa mistura de culturas tão fortes do
Brasil influenciou seu jeito de ser e a faz afirmar com orgulho : “sou a
representação da cultura brasileira”.
A relação com a família nem
sempre foi tão boa como é hoje. Como tantas famílias brasileiras, seus pais vivem
separados, e Nathália escolheu morar com seu pai e seu irmão de 15 anos. “Meu
pai teve uma filha fora do casamento, que mora em Itapetinga (BA), e que eu só
conheci quando ela tinha 4 anos”, relembra. O reconhecimento da irmã, hoje com
9 anos, revelou-se numa grande afinidade e amizade entre as duas. “Quando a
gente se encontra é uma festa, a gente mata a saudade”, admite com um sorriso
no rosto.
Sua rotina é dividida também
entre o trabalho e o namoro de 6 anos. Após as aulas na faculdade, Nathália se
dirige ao emprego de 6h numa academia de ginástica, perto de sua casa em Stella
Maris. Cabe a ela cuidar da parte comunicacional, administrar as redes sociais da
empresa e criar campanhas para os alunos. O que ganha é focado em atividades de
lazer e nas compras de utensílios de sua futura casa com Laísio, seu parceiro.
Nathália em um dia colorido | Foto: Érica Fernandes |
Com a franqueza em admitir que
está “presa na zona de conforto”, Nathália resume o que costuma fazer nas horas
vagas. Cinema, shows, festas nas casas de amigos – atividades práticas para
quem mora longe do centro e não está habituada a programas mais alternativos. “Acho
que fora de Salvador a gente tem mais opções, aqui o custo de vida é alto para
o lazer e a cultura”, rebate.
Foi assim que, numa manhã nublada de maio, Nathália pintou em cores o seu lado desconhecido por nós.
Érica Fernandes
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