Cidadã do mundo
Por Daniela Cunha
Em alguns momentos parece
não caber tantos sonhos e expectativas em apenas 1.54m de altura. Essa é Laís
Nogueira, estudante de jornalismo que aos 21 anos encontra nas palavras da
escritora Clarice Lispector uma boa definição de sua personalidade. "Não me prendo a nada que me defina.
Sou companhia, mas posso ser solidão, tranquilidade e inconstância, pedra e
coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não
me limito, não sou cruel comigo.” Depois de citar a escritora ainda completa “posso
dizer que eu sou uma pessoa tranquila, bem humorada, super família, amo minha
profissão, sou sonhadora.”
É
dessa forma, carregada de sonhos e objetivos que a estudante de jornalismo segue idealizando seu
futuro. “Jornalismo sempre foi um dos meus grandes sonhos. Não é apenas a
profissão que eu escolhi. É o meu ideal. A escada para me tornar alguém melhor”.
E completa, “fora o jornalismo, tenho muitos outros sonhos e planos. Viajar, conhecer
o mundo”.

E não foi só na vida
profissional que a família esteve presente. Parentes e amigos são a base na
vida dessa garota que sonha longe. “Sempre tive apoio da minha família e dos
meus amigos pra tudo. São eles a minha base, meu porto seguro.”
Deles também veio um pouco
do conhecimento político de Laís. “Na minha casa sempre ouvi muitas histórias
sobre o PT, por isso comecei a conhecer mais sobre o partido e a criar uma
imagem positiva. Pena que decepcionou, não apenas pelo envolvimento com o
mensalão, mas pela postura e mudança de pensamentos e conduta”. Apesar de
preocupar-se em está sempre informada sobre o tema, ela declara não ter muita
simpatia pelo assunto. “Não sou muito ligada à política, nem acredito em um
único partido. Acredito em pessoas de partidos aleatórios. Procuro me informar
porque entendo que é fundamental exercer o meu papel de cidadã com
consciência”.

Como sempre que pode Laís
“bota o pé na estrada”, já reparou algumas diferenças entre Salvador e outros
lugares, detalhes que cada vez mais a desanimam com a cidade. “Costumo viajar
sempre, é uma das minhas paixões. As diferenças são gritantes, desde a educação
das pessoas à estrutura física, locais e opções de lazer. Aqui a cultura de
shopping é fortíssima porque a cidade oferece poucas opções e a falta de
segurança restringe ainda mais”.
De famílias católica
(paterna) e batista (materna), apesar de já ter frequentado à igreja Batista
ela não pertence a nenhuma religião, mas nutre uma fé em uma força superior. “Hoje
acredito em Deus, como uma força maior que move o mundo. Tenho minhas crenças e
minha fé, mas não sou ligada à religião”.
